segunda-feira, 23 de maio de 2011

Apreciações e críticas ao livro - Appreciations and reviews - Sónia Alcaso, Elsa Bettencourt e Francisco José Viegas

Acabei ontem de ler o teu, agora meu, livro. Adormeci horas depois e fui transportada para Nova Iorque. Não foi um pesadelo. É um livro que alarga horizontes e nos torna mais lúcidos. Um livro sobre a vida. Que me faz desejar sentir viva. Mais viva ainda. A cada capítulo esperamos e desesperamos que as personagens, que já se tornaram amigas, consigam escapar ao destino. "Até onde é preciso ir para virar a cara à morte?".

Mas, para lá do que escreves, é a forma como o fazes - como escreves - que nos cativa do início ao fim. Obrigada por escreveres. Tenho de te agradecer, mais uma vez, teres-me proporcionado este estado de deliciosa alienação. Apesar de retratares momentos em que o mundo, para milhares de pessoas, se desmoronava e desaparecia para sempre de uma maneira violenta, conseguiste fazê-lo com uma grandeza humana impressionante. Sobretudo, escreveste contra a morte.
 Sónia Alcaso
  (I've just finished up reading your, now mine, book. I fell asleep hours later and was transported to New York. It was not a nightmare. It is a book that expands horizons and makes us more lucid. A book about life. That makes me want to feel alive. More alive. Each chapter we feel hope and despair in the behalf of the characters, who have become friends. We fear that they will be unable to escape their fate. "How far do we need to go to turn our face away from death?".
But beyond waht you write, is how you do it that captivates from start to finish. Thanks for writing. I have to thank you once again, you have offered me this delicious state of alienation. Despite portraying a world that, for thousands of people, collapsed and disappeared forever in a violent way, you did do it with an impressive human greatness. Above all you wrote against death.
Sonia Alcaso)

Terminei esta leitura. Muitas memórias à tona. Chorei na 184, e no fim sorri. Só porque sim.Porque as camadas, e os "what if", mexem comigo. Escrito de uma maneira que faz suster a respiração. Nadei para a superfície as vezes necessárias. voltei a mergulhar!Sem medo! ADOREI.
Elsa Bettencourt
(I finished this reading. Many memories surface. I cried in page 184, and smile at the end. Just because. The layers, and "what ifs " shook me. Written in a breathtaking way. I swam to the surface as often as necessary. I returned to dive! No fear! I loved it.
Elsa Bettencourt)



Francisco José Viegas):
http://fjv-cronicas.blogspot.com/2011/06/blog-878.html

***
O primeiro romance de Pedro Guilherme-Moreira, ‘A Manhã do Mundo’ (Dom Quixote) reenvia-nos a um exercício de ficção sobre o 11 de Setembro – é raro isso acontecer na nossa literatura: uma viagem para lá das nossas fronteiras.
***

Pedro Guilherme-Moreira's first novel, ‘A Manhã do Mundo’ (Dom Quixote) , send us back to a fictional exercise about 9/11 - it's a rare event in portuguese literature: a voyage beyond our own borders.