segunda-feira, 24 de outubro de 2011

No Diário Digital, a propósito de Martin Amis, e o "se isto é um homem" do piso 106

O autor do livro "A manhã do mundo", Pedro Guilherme-Moreira, é citado por Mário Rufino no seu artigo sobre o livro "O segundo avião", de Martins Amis, aliás o seu interlocutor, representado por Bruno Amaral, nas conferências do chiado do dia 8 de Setembro de 2011, organizadas por Anabela Mota Ribeiro. Citação, a negro:

"Martin Amis tem, neste livro, duas narrativas curtas dotadas de uma qualidade invulgar, principalmente em «No Palácio do Fim». Neste conto, o autor consegue transmitir a atroz despersonalização do indivíduo. No outro conto, «Os Últimos Dias de Muhammad Atta», pratica um agónico exercício de alteridade. A perspectiva adoptada é a de Muhammad Atta, um dos terroristas que direccionou um dos aviões contra uma das torres gémeas. Em Portugal, o terrorismo tem sido amplamente debatido na Comunicação Social, mas não teve, até recentemente, uma presença importante na literatura. No entanto, em 2011, Pedro Guilherme-Moreira editou, com muito sucesso, o romance «A Manhã do Mundo» (edições Dom Quixote). Quando lhe foi perguntado por que razão tinha escrito sobre 09/11, o autor português respondeu: «Talvez porque somos todos América, mesmo que em contraponto, e porque era fundamental que ficasse assente o ponto de vista das vítimas, o tal que não importa à história com agá grande, mas nos importa a nós: aliás, eu gostava que o livro fosse sentido e lido como o «se isto é um homem» do piso 106 da torre norte, e não apenas como um livro sobre o 11 de Setembro.»"

Ligação para o artigo completo: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=538210